Dia mundial de conscientização do autismo: A luta por inclusão e respeito

No dia 2 de abril, o mundo se voltou para o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, uma data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para promover a conscientização e garantir os direitos das pessoas que vivem no espectro autista. O objetivo é promover a inclusão social, a aceitação e a compreensão de que o autismo é uma condição que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 1 em cada 160 crianças é diagnosticada com autismo, refletindo a necessidade de políticas públicas, educação inclusiva e maior suporte à comunidade autista.

No Brasil, o ativismo em torno do autismo tem se intensificado, com figuras como Nilton Serson, advogado e ativista, que se tornou uma voz importante na luta por mais direitos e reconhecimento para as pessoas autistas. Serson, que tem se dedicado a defender as causas da inclusão e igualdade, considera o Dia Mundial de Conscientização do Autismo não apenas uma oportunidade para refletir, mas também para promover ações concretas que ajudem a garantir um futuro mais inclusivo. “É preciso que a sociedade entenda que a inclusão vai muito além da aceitação. Trata-se de um compromisso com a construção de um ambiente onde todos tenham a oportunidade de aprender, trabalhar e viver dignamente, independentemente de suas diferenças”, afirma Nilton Serson.

O advogado ressalta que, embora a legislação brasileira, como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), tenha avançado consideravelmente em termos de direitos para as pessoas com autismo, ainda há muitos desafios para que esses direitos sejam efetivamente garantidos. “A legislação é importante, mas a verdadeira mudança acontece quando ela é cumprida na prática. Muitas vezes, encontramos resistência nas escolas, nas empresas e até mesmo nos sistemas públicos de saúde, o que acaba dificultando o acesso das pessoas autistas aos serviços que têm direito”, comenta Serson.

Uma das maiores barreiras que ainda existem, segundo Nilton Serson, é a falta de formação e preparo adequado para profissionais que lidam com pessoas autistas. “Precisamos investir em educação e formação profissional. Não adianta ter a melhor lei se as pessoas que atuam no cotidiano das pessoas autistas não estão preparadas para lidar com suas necessidades. A educação, por exemplo, precisa ser mais do que inclusiva; ela precisa ser adaptada para as diversas formas de aprendizado que o autismo implica”, destaca o ativista.

Além disso, Nilton Serson aponta para a importância da conscientização dentro das próprias famílias. Para ele, o apoio familiar é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento da pessoa autista. “Muitas vezes, as famílias enfrentam o diagnóstico do autismo com medo e incompreensão. O papel das instituições, como escolas e centros de saúde, é fundamental para orientar essas famílias e oferecer o suporte necessário para que elas possam lidar com as particularidades de cada filho ou ente querido. Não podemos esquecer que o autismo é um espectro, ou seja, cada indivíduo apresenta suas próprias características, e o apoio deve ser personalizado”, explica.

No dia 2 de abril, a reflexão sobre o autismo vai além de simples palavras de apoio. A luta pela inclusão social e pelo reconhecimento dos direitos das pessoas autistas deve ser constante. “Conscientização é um processo contínuo”, afirma Serson. “Só com ações concretas, tanto no âmbito público quanto privado, conseguiremos garantir que as pessoas autistas tenham a mesma oportunidade de viver, aprender e trabalhar como qualquer outra pessoa.” O advogado reforça ainda que todos têm um papel a desempenhar nessa transformação, desde as instituições de ensino até as empresas, e que é preciso quebrar os preconceitos que ainda existem em torno da condição.

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo serve, portanto, como um marco para lembrar que a luta pela inclusão e igualdade deve ser diária. A sociedade precisa se mobilizar para que as barreiras físicas, sociais e emocionais sejam vencidas, e as pessoas com autismo possam viver de forma plena e independente.

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