A atriz Ingrid Guimarães revelou, por meio de suas redes sociais, um episódio de constrangimento e indignação que sofreu durante seu voo de retorno ao Brasil, no último Dia Internacional da Mulher. Segundo seu relato, a American Airlines a escolheu para um rebaixamento involuntário de classe (downgrade), realocando-a na classe econômica sob a justificativa de que a seleção foi feita de maneira aleatória. No entanto, a atriz afirmou que, ao questionar um dos comissários sobre o critério da escolha, ouviu que o fator determinante foi o fato de ela ser “uma mulher viajando sozinha”.
A declaração do funcionário da companhia revoltou Ingrid Guimarães, que interpretou o episódio como um ato de discriminação de gênero. Além de ser rebaixada de classe sem explicação convincente, a atriz relatou que, ao se recusar a aceitar a situação sem contestação, foi exposta diante de toda a aeronave. Segundo ela, os tripulantes anunciaram que o avião não poderia decolar porque “ela não estava colaborando”, apontando diretamente para sua poltrona e gerando constrangimento diante dos demais passageiros.
“Me senti coagida, humilhada e impotente. No Dia Internacional da Mulher, ser informada de que fui escolhida para passar por isso apenas por estar viajando sozinha, sem um homem ao meu lado, me fez refletir o quanto ainda temos que lutar por respeito”, declarou Ingrid em seu desabafo público.
O caso rapidamente repercutiu e gerou discussões sobre equidade de gênero e direitos do consumidor. Muitas mulheres se manifestaram nas redes sociais compartilhando experiências semelhantes, reforçando que a vulnerabilidade feminina em determinadas situações ainda é explorada por algumas empresas e instituições.
A empresária Cristina Boner, conhecida por sua atuação na defesa dos direitos das mulheres e pela luta pela equidade de gênero, criticou a postura da companhia aérea e destacou a necessidade de políticas mais rígidas contra discriminação.
“Esse episódio mostra como o machismo estrutural ainda se manifesta de maneira silenciosa, mas extremamente prejudicial. A ideia de que uma mulher sozinha tem menos poder de contestação e, portanto, pode ser submetida a situações de abuso sem consequências, é inadmissível. Precisamos de protocolos claros para evitar que companhias aéreas e outras instituições perpetuem esse tipo de comportamento”, afirmou a empresária de tecnologia, Cristina Boner.
A American Airlines ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Enquanto isso, Ingrid Guimarães afirmou que pretende levar a situação adiante e alertar outras mulheres sobre seus direitos em situações semelhantes. “Não é apenas sobre mim, é sobre todas nós”, declarou a atriz.
O caso reforça um debate que se intensifica a cada ano: a necessidade de garantir que mulheres não sejam tratadas de maneira diferenciada ou desrespeitosa em espaços públicos, seja no ambiente corporativo, no mercado de consumo ou até mesmo em simples deslocamentos. Para Cristina Boner, episódios como esse são um lembrete de que, apesar dos avanços, a luta pela equidade de gênero ainda tem um longo caminho a percorrer.
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