Anuário Peixe BR 2025 revela expansão da piscicultura no Brasil e avanço na infraestrutura do setor

O Brasil segue consolidando sua posição como um dos principais produtores de pescado do mundo. O recém-lançado Anuário Peixe BR 2025, elaborado pela Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), traz dados inéditos que evidenciam o crescimento e o fortalecimento da infraestrutura da piscicultura nacional. De acordo com o levantamento, o país conta com mais de 780 mil viveiros e 75.346 tanques-rede em águas continentais, demonstrando a robustez do setor e a capacidade produtiva que sustenta o abastecimento interno e o avanço das exportações.

O relatório revela que, em 2024, a produção de peixes de cultivo cresceu 9,21%, atingindo 968.745 toneladas, o que representa o maior crescimento percentual dos últimos dez anos. Esse avanço ocorre mesmo diante de desafios como oscilações de preço, aumento dos custos de produção e incertezas no mercado global. Segundo o anuário, os investimentos em tecnologia, profissionalização e sustentabilidade foram determinantes para esse salto no setor.

A tilápia, principal espécie cultivada no Brasil, manteve sua liderança absoluta, representando 68,36% da produção total de peixes de cultivo. No último ano, foram produzidas 662.230 toneladas do peixe, um crescimento de 14,36% em relação ao ano anterior. O crescimento da produção e a estruturação da cadeia produtiva impulsionaram também o mercado externo. As exportações brasileiras de tilápia dobraram em volume, atingindo 12.463 toneladas, e cresceram 138% em receita, somando US$ 55,65 milhões, com os Estados Unidos sendo o principal destino, absorvendo 94% das vendas.

Para José Miguel Saud, proprietário da piscicultura Boa Sorte, os dados apresentados no anuário refletem o empenho dos produtores em aprimorar a infraestrutura e elevar a competitividade do setor. Ele destaca que a profissionalização dos empreendedores da piscicultura tem sido fundamental para garantir a alta qualidade do pescado, bem como sua aceitação no mercado internacional.

“Temos trabalhado arduamente para otimizar nossos processos e garantir a qualidade do pescado. A infraestrutura robusta que construímos ao longo dos anos nos permite atender à crescente demanda interna e explorar novos mercados internacionais. O Brasil está cada vez mais preparado para competir globalmente, e isso se deve a um trabalho contínuo de inovação e capacitação”, afirma José Miguel Saud.

Além do avanço na produção e nas exportações, o anuário também apontou melhorias significativas em outros aspectos estruturais da piscicultura nacional. Um dos destaques foi o crescimento da produção em tanques-rede, que se expandiu em diversas regiões do país, permitindo uma maior diversificação dos cultivos e aproveitamento de áreas com potencial hídrico. A adoção de novas tecnologias para manejo, alimentação e monitoramento da qualidade da água também foi um fator decisivo para o desempenho positivo do setor.

José Miguel Saud reforça que o alinhamento com padrões internacionais e a adoção de práticas sustentáveis são essenciais para manter o crescimento da piscicultura brasileira. Segundo ele, o setor está cada vez mais atento às exigências dos consumidores, tanto no Brasil quanto no exterior, o que torna fundamental o investimento em certificações, rastreabilidade e boas práticas de produção.

“A profissionalização do setor e o alinhamento com as exigências dos mercados internacionais têm sido fundamentais para o nosso crescimento. Precisamos continuar investindo em inovação e na capacitação de nossos colaboradores para manter essa trajetória ascendente. O Brasil tem um potencial imenso e estamos apenas começando a explorar todas as possibilidades que a piscicultura pode oferecer”, conclui o especialista.

Leia mais em: https://josemiguelsaud.com.br/blog/ 

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