Aumento de casos de hepatite reforça importância da vacinação e dos cuidados

Aumento de casos de hepatite reforça importância da vacinação e dos cuidados

Recentemente, a Secretaria de Saúde de São Paulo divulgou um aumento de 90% nos casos de hepatite A, em comparação ao mesmo período de 2024 (entre 1º de janeiro e 8 de julho). Já o Ministério da Saúde informou que, em 2024, a taxa de incidência foi de 1,7 casos de hepatite A a cada 100 mil habitantes no Brasil, o que representa um crescimento de 54,5% em relação a 2023.

A hepatite é uma doença infecciosa que atinge o fígado, sendo os tipos A, B e C os mais comuns. A hepatite A, especificamente, é causada pelo vírus da hepatite A (HAV).

De acordo com o clínico geral Valdir Russo, da Santa Casa de Mauá, todos os tipos de hepatites precisam de atenção e não podem ser negligenciados, já que correm o risco de evoluírem e levar a outras doenças no fígado, como o câncer e a cirrose. “A patologia é silenciosa e quando os sintomas aparecem, normalmente ela já está em estágio mais avançado. Por essa razão, os exames de rotina são indispensáveis”, explica o especialista.

Além do vírus, as hepatites podem ser causadas pelo uso de medicamentos, álcool, drogas ou por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, podendo ocorrer também por via sexual, água e alimentos contaminados, transfusão de sangue, objetos e seringas não esterilizados, gestação, parto, amamentação, tatuagem, colocação de piercing e contato fecal-oral.

Entre os sintomas estão a febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo, náusea, vômito, perda de apetite, urina escura, icterícia e fezes esbranquiçadas. O diagnóstico é feito por meio da avaliação dos sintomas e riscos, exames de hepatograma (sangue); teste de ALT – lesão hepática; dosagem de bilirrubina; teste de AST para avaliar sinais e sintomas de doença hepática e ultrassonografia do fígado.

O tratamento varia de acordo com o tipo da hepatite, sendo comum a todos, o repouso, a hidratação, boa alimentação e a suspensão total de bebidas alcoólicas a fim de evitar danos ao fígado e acelerar a recuperação.

“A hepatite A não requer tratamento específico, pois o corpo elimina o vírus sozinho. Entretanto, o tratamento é focado no alívio dos sintomas e é importante que o paciente não se automedique, já que alguns medicamentos podem ser tóxicos ao fígado e piorar o quadro”, orienta o especialista.

Embora a pessoa adquira imunidade permanente após a contaminação por hepatite, é importante prevenir a doença por meio da vacina, que previne os tipos A e B. Nas crianças, a do tipo A é administrada em duas doses, com seis meses de intervalo. Os adultos que não foram vacinados podem ser imunizados a qualquer momento. 
Outras maneiras para se proteger e evitar a doença é lavar bem as mãos antes das refeições e após usar o banheiro, higienizar e cozinhar bem os alimentos antes do consumo, usar preservativos e não compartilhar objetos de uso pessoal, especialmente, os de lâminas.

O Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1374 – Vila Assis – Mauá – fone (11) 2198-8300.  https://santacasamaua.org.br/

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