O aplicativo de inteligência artificial põe a criação de um texto ao alcance de qualquer pessoa, substituindo um aprendizado às vezes dificultoso pelo produto acabado. Na sua condição de robô, o ChatGPT "leu" bilhões de textos com o objetivo de aprender a escrever, coisa que um ser humano, tomado em sua individualidade, não seria capaz de fazer.
No ambiente escolar, a novidade vem causando certa apreensão, pois a prática de elaborar textos tem sido o principal meio de avaliação dos estudantes, e as teses universitárias, ainda que sejam lidas por poucas pessoas, funcionam como uma espécie de selo de garantia da instituição, servindo de lastro ao título acadêmico. Como manter esse status no caso de os robôs se tornarem os autores (ou coautores) desses trabalhos? Bem, já existem softwares capazes de detectar o uso de inteligência artificial na elaboração de um texto, o que permite que o estudante use um robô para escrever, e o professor use outro para reconhecer o primeiro robô. Tudo leva a crer que haverá espaço para falhas nesse processo e para contendas jurídicas sobre autoria, falsidade ideológica, plágio e questões afins.Leia mais (03/30/2023 - 16h00)
Folha de SP