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Prédio em São Bernardo do Campo corre risco de desabamento


De acordo com informações preliminares do inquérito policial presidido pelo Dr. José Itamar Martins da Silva, do 2° Distrito Policial de Santo André, o condomínio Palazzio Di Roma, situado na Alameda Dona Teresa Crisitna, em Nova Petrópolis, São Bernardo do Campo/SP, possui sérios danos estruturais e corre risco de desabamento após laudos conclusivos de empresas distintas de engenharia técnica.

Segundo consta nos laudos, o edifício possui "rachaduras nas paredes, trincas inclinadas, manifestadas geralmente por afundamento de solo, podendo haver desplacamentos de revestimentos e até o cisalhamento total da estrutura".

Os laudos alertam também para a necessidade de reparos em vigas metálicas, irregularidades na escada de emergência, falta de drenagem e canalização de água do lençol freático, instalações elétricas em desacordo com as normas e com rachaduras expressivas, além de reparos executados (devido má execução da obra) - com prejuízo estrutural - nas caixas dos elevadores, entre outras irregularidades, concluindo que o edifício corre grande risco de colapso estrutural, colocando em risco imediato a vida dos moradores.

A defesa civil da cidade (São Bernardo do Campo) também foi acionada para avaliação estrutural do edifício e constatou, em vistoria realizada no mês de março, inadequações relacionadas à segurança de uso do imóvel. Segundo o laudo, o prédio deveria passar por reformas urgentes, tais como reparos, reforços, demolições e desocupações, do contrário o edifício poderia ser considerado inabitável por conta das condições de segurança que oferece aos moradores.

A Defesa Civil orienta ainda para a necessidade urgente de realizar reforços estruturantes nas paredes do 2º subsolo que apresentam trincas e umidade. O edifício conta com 64 apartamentos.

A perícia da polícia técnico-científica também realizou diligências no Palazzio Di Roma para determinar as condições de salubridade da edificação. E lá constatou que as escadarias e saídas de emergência do condomínio não se encontram adequadas nas leis e normas da época e atuais e que, portanto, apresentam alto risco para a segurança de seus usuários, principalmente em situações de emergência.

A perícia alertou também para as infiltrações e rachaduras nas garagens subterrâneas, sendo necessária a contratação de especialistas em fundações e estruturas, a fim de se realizar um estudo sobre o fato para a apresentação de soluções adequadas.

A perícia da polícia técnico-científica conclui que o edifício corre sérios riscos de desabamento de parte da cortina de concreto na garagem (onde se encontram interditadas duas vagas); pane (havendo possibilidade de fogo) proveniente de parte da instalação elétrica e cabeamentos; queda de revestimento cerâmico aplicado ao redor do edifício, pois há muitas rachaduras e queda acidental de morador nas escadarias (em especial em caso de pânico - fogo), pois muitos degraus apresentam tamanhos diferentes entre si.

A investigação teve início em 2021 após um casal prospectar a compra de uma unidade de apartamento no edifício, localizado em São Bernardo do Campo. Segundo o casal, em depoimento ao delegado José Itamar Martins da Silva, do 2° Distrito Policial de Santo André, o proprietário do imóvel teria omitido informações sobre as reais condições estruturais e de segurança do condomínio. O fato levou o casal a registrar um boletim de ocorrência para requerer judicialmente a dissolução do contrato de compra e venda feito à época.

A reportagem procurou o perito Fonseca, responsável pela elaboração do laudo complementar ao primeiro. O perito respondeu à mensagem inicial, perguntando do que se tratava e, após a exposição dos detalhes, não mais nos respondeu.

O edifício Palazzio Di Roma já havia sido alvo de ação anterior, onde a construtora Nazaré e a administração do prédio realizaram um acordo para que fossem realizadas as devidas manutenções. De acordo com o síndico do edifício, Edgard Tadeu de Almeida Guarda, administrador do condomínio há 10 anos, em depoimento ao DEMACRO, o valor pago de indenização pela construtora na época, no entanto, não foi suficiente para realizar os reparos necessários.

As investigações ainda prosseguem para apurar os possíveis danos e obter, dos responsáveis, as ações necessárias para a garantia da segurança do prédio.

O advogado Ilmar Muniz, do escritório Cavalcante Muniz Advogados, que representa o casal que foi vitimado pela venda, disse que seu escritório acompanha de perto o desenrolar das apurações para que os responsáveis possam ressarcir os prejuízos das vítimas.

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